Sobre o SmartCampus UnB

Histórico do projeto SmartCampus UnB

Os Campi Universitários são uma unidade-territorial muitas vezes esquecida nas discussões sobre organização territorial, planejamento físico e segurança das instalações e, principalmente, do ativo mais importante para a Universidade: os cidadãos, sejam do corpo acadêmico, técnico ou a população que consome tais espaços.

Caso claro disto é a Universidade de Brasília (UnB), que possui dimensões e números maiores que boa parcela dos municípios brasileiros.

Se olharmos para o contexto da UnB, os Sistemas de Informações Geográficas (da sigla GIS, Geographic Information Systems) ainda possuem um longo caminho para ser percorrido como uma ferramenta de gestão, visando dar suporte às decisões administrativas e executivas, incluindo o gerenciamento e administração integral e integrada dos seus Campi.

Os caminhos para o gerenciamento integrado dos campi universitários, em sua dimensão físico-administrativa e, administrativo-acadêmica, por meio de ferramentas de Geoprocessamento, pode conduzir a resultados positivos, com diferentes patamares de implementação e resultados de maneira planejada e objetivando metas alcançáveis.

Inteligência Geográfica na UnB

A adoção da Inteligência Geográfica contribui para a integração dos campi Universitários por meio de uma visão espacial com o uso de mapas dinâmicos de uso e ocupação, painéis de controle integrando dados em tempo real, definição de caminhos e rotas dentro do campus, além da possibilidade de poderosas análises espaciais que contribuem diretamente na definição da estratégia de negócios da reitoria.

Pode-se destacar alguns fatores que a gestão com base em Inteligência Geográfica pode atender, como:

A segurança no Campus com sistemas de monitoramento, alertas e controle, integrados às bases geográficas, permitindo que todos os atores acadêmicos participem e interajam informando irregularidades ou atitudes suspeitas, de maneira colaborativa, bem como sistemas para atuação em momentos de emergência, que podem diminuir o tempo de resposta;
O cadastramento de todas as redes de infraestrutura, sistemas de mobilidade, serviços de manutenção e contínua demanda por expansão, são outros tantos exemplos das aplicações da inteligência geográfica.

O Projeto SmartCampus UnB

A proposta e execução do projeto SmartCampus UnB até o ano de 2020 contemplou

Implantação e consolidação de uma estrutura geoinformacional para armazenamento, catalogação e pesquisa de todos os dados geoespaciais da UnB;
Implantação de um Geoportal (ide.unb.br) fazendo parte de um “nó” da INDE – Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais, para acesso, busca e download de dados geoespaciais produzidos no âmbito da UnB;
Implantação de uma base de controle de acessos às licenças dentro da modelo de licenciamento “Site License”, construído e disponibilizado na plataforma ide.unb.br/como-usar;
Modelagem e cadastramento de todas as redes de Infraestrutura, câmaras de segurança (todos os Campi), vias de acesso (mobilidade) árvores do Campus Darcy Ribeiro;
Levantamento individual de todos os elementos elétricos de todos os prédios do Campus Darcy Ribeiro, visando a modelagem e modelagem do consumo no Campus;
Modelagem da demografia do Campus Darcy Ribeiro, como suporte a análise de atividades de segurança e mobilidade;
Desenvolvimento de webaplicativos para a consulta, atualização, visualização e gestão das bases de dados georreferenciadas, baseadas em conceitos WebGIS;
Densificação das redes geodésicas, permitindo o desenvolvimento e implantação de novas obras, baseadas em posicionamento georreferenciado.

Todas as atividades foram desenvolvidas com o apoio do financiamento obtido por meio de projeto aprovado no Edital de demanda espontânea 004/2017 da FAP/DF, para desenvolvimento no prazo de 2 anos. O projeto foi acrescido de 6 (seis) meses em razão da decretação da pandemia da COVID19 pela OMS – Organização Mundial da Saúde e, consequentemente, o fechamento e todas as atividades na Universidade de Brasília.

Nossa homenagem ao amigo Brites

Ricardo Seixas Brites, ou simplesmente Brites, como eu normalmente o chamava. Participou ativamente desde as primeiras ideias de proposição deste projeto, sempre apresentando e pontuando ideias claras e muito justas.

Conversamos pela última vez no dia 07 de outubro de 2020. No dia 02 de outubro ele participou da última reunião do projeto. Não podíamos sequer imaginar o desfecho que nos aguardava. Mas Deus sabe o que faz e porque faz!

Foi uma perda irreparável. Foi um dos profissionais mais inteligentes, ecléticos e bem-humorados que tive o prazer de conviver. E este pensamento é compartilhado por muitas pessoas que tiveram a oportunidade de conviver com ele.

Teve uma trajetória profissional muito profícua. Atuou desde o ensino técnico na EMARC-Escola Média de Agropecuária Regional da CEPLAC e, posteriormente, na UFV – Universidade Federal de Viçosa, na Universidade Católica de Brasília e, finalmente, no Instituto de Geociências da Universidade de Brasília. Não foram poucos aqueles que passaram do ensino técnico ao superior por incentivo do professor.

Nunca se eximiu de contribuir quando era procurado. Adorava a estatística, ciência sobre a qual caminhava com extrema segurança. A aviação, era uma paixão contínua, seguida pela Motocicleta, tinha que ser Harley, pois o resto era resto. Amante da tecnologia e de todas as questões geoespaciais, sempre estava com algo novo para apresentar nas oportunidades de conversa. Ombreou comigo desde os primeiros passos do projeto Smart Campus, compartilhando ideias e desafios.

São poucas palavras, mas não podíamos deixar em branco a lembrança deste grande amigo.

Edilson Bias

O que pesquisamos?

O Projeto SmartCampus UnB tem como objetivo desenvolver e implementar ferramentas baseadas em Inteligência Geográfica, com o objetivo de permitir uma melhor gestão do espaço, de forma integrada, ágil e eficiente.